quarta-feira, 28 de março de 2012

Ralatório

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA SOBRE MICROSCOPIA

- Microscopia Óptica


          O microscópio é um aparelho utilizado para visualizar estruturas minúsculas como as células, possuindo lentes chamadas de objetivas onde as mesmas possuem aproximações de 4x, 10x, 40x e 100x.
           Para o uso do microscópio corretamente é necessário realizar os seguintes passos:
1) coloca na tomada, liga;
2) aumenta a luz na fonte de luminosidade;
3) abaixa a plataforma aonde a lamina sera colocada;
2) gira o canhão para usar a lente objetiva desejada certificando que o mesmo estará travado;
3) subir a plataforma, observando e cuidando para não quebrar a lâmina;
6) em seguida focaliza as imagens no macrômero e no micrômero. 
         Para desligar o microscopio basta baixar a palatina, retirar a lamina, desligar a luminosidade, colocar na objetiva de  4x, desligar e retirar da tomada.

OBS: caso a plataforma não seja ajustada corretamente para baixo na hora de girar o canhão  com as objetivas, a pessoa que estiver manuseando o microscópio óptico corre o risco de danificar a lâmina, com riscos ou até mesmo quebra-lá.

Para a utilização e visualização do material, a fonte luminosa deve estar ligada, e tem uma regulação própria que pode aumentar ou diminuir a densidade da luz, para complementar o  ajuste usa-se o condensador, diafragma e filtro, para melhor visualização do conteúdo da lâmina.

----   Filtro 
^^^   Diafragma 
~~~ Condensador 
_"'_ Fonte Luminosa  

terça-feira, 20 de março de 2012

Algumas técnicas de coloração



Coloração de Loeffler :

1) Com uma lâmina limpa e flambada, prepara-se o esfregaço;
2) Deixar secar ao ar;
3) Cobrir o esfregaço com o corante azul de metileno alcalino de Loeffler, por 60 segundos;
4) Lavar com água corrente, secar ao ar novamente e observar





Coloração negativa com tinta nanquim :

1) Colocar uma gota de tinta nanquim em uma lâmina limpa;
2) Misturar à gota, uma pequena porção da colônia bacteriana;
3) Preparar o esfregaço pelo uso de duas lâminas;
4) Secar ao ar e observar.
As células bacterianas brancas irão contrastar com um fundo marrom-escuro ou negro.


  



Método de Benians :

Também é um método de coloração negativa.
1) Colocar no centro da lâmina, uma gota da solução A de Benians;
2) Adicionar à esta gota, uma gota da suspensão bacteriana ou do macerado de tecido vegetal, homogeneizando bem;
3) Preparar o esfregaço deixando secar ao ar;
4) Com o auxílio de um conta-gotas, molhar o esfregaço com a solução B de Benians. O esfregaço irá adquirir coloração azulada;
5) Deixar secar ao ar e observar.
As células bacterianas serão observadas como bastonetes brancos em um fundo azul celeste.


Equipe Blog da veterinária.


domingo, 18 de março de 2012

Histologia - Como obter lâminas?

Existem vários métodos para o obtenção de lâminas, porém vamos descrever aqui a técnica da parafina, uma técnica muito utilizada, por ser simples e confiável.

1°Colheita do material: Obtenção do material, por Biópsia, ou seja, com o animal vivo e até mesmo por necrópsia, quando o animal já está morto.

2°Fixação: Impede a destruição das células por autólise (suas próprias enzimas a destroem), ou por bactérias. Este processo visa endurecer os tecidos tornando-os resistentes e favoráveis aos próximos procedimentos da técnica Histológica. A fixação pode ser feita por processos químicos ou físicos, podendo ser feito por fixadores simples ou compostos. O formol é um fixador simples bastante utilizado, e o liquido de Bouin (mistura de formol, ácido pítrico e ácido acético) um fixador composto.

3°Desidratação: Através de vários banhos crescentes no álcool, visa retirar a água dos tecidos, permitindo a entrada de parafina.

4°Diafanização: Entrada de um solvente de parafina, geralmente o xilol, garantindo assim que não há mais água.

5°Impregnação pela parafina fundida: Tem o objetivo de transformar as amostras líquidas em sólidas com a finalidade do corte, para isto o conteúdo líquido é submetido a banhos de parafina em 60°, no interior da estufa.

6°Inclusão: Ao retirar a peça da estufa colocamos em formas contendo parafina fundida que ao secar em temperatura ambiente formam os ''blocos de parafina'', estes blocos são eternos.

7°Microtomia: Através de um aparelho chamado micrótomo, constituído por uma navalha de aço, obtemos finíssimas fatias de 5 a 10 micrótomos de espessura do material incluído na parafina.

8°Banho Maria: As finíssimas fatias  são colocadas num banho de água a aproximadamente 58°C, depois pescados com uma lâmina, e devolvidos a estufa á 37°C por 2 horas.

9°Coloração: Tornam os tecidos visíveis, dando um contraste que os diferencia.
Esta etapa é dividida em 3 partes:
- Banhos sucessivos em xilol, benzol ou toluol para eliminar a parafina.
- Hidratação: Utilizada quando o corante é solúvel em água. Para evitar o rompimento colocamos em alcoóis decrescentes.
- Coloração: Os corantes são denominados ácidos ou básicos que possuem cor, e tem a finalidade de colorir os compostos ácidos ou básicos. Geralmente usa-se a Hematoxilina, corante básico que colore a parte ácida do composto, e a Eosina, um corante ácido que tem a função de colorir as estruturas básicas. Acidófilos são componentes que se combinam com o corante ácido, e os basófilos que se combinam com os básicos. Ex: núcleos das células onde se encontra o DNA são substancias ácidas, ou seja, basófilas, que coram pela hematoxilina. (roxo). Já no citoplasma, encontramos estruturas básicas, são coradas pela eosina (rosa).

10°Desidratação: Retira a água para melhor visualização dos tecidos, caso os corantes sejam soluções aquosas.é feito utilizando alcoóis de maneira crescente.

11°Diafanização: É feita com xilol, a fim de que os cortes fiquem transparentes.

12°Montagem: Consiste na colagem da lamínula sobre o corte, para que não haja hidratação pela umidade do ar. Deixe-as secando.

Etapas da técnica da parafina:



Planos de corte:


Fonte das imagens: Bacha & Wood, 1991



Por: Equipe Blog da Veterinária.

Microscopia

     Com o aprimoramento do mundo cientifico, perceberam a existência de estruturas tão pequenas que não podiam ser vistas a olho nu, surge então a necessidade de desenvolver um instrumento capaz de ampliar imagens. Em 1591, os holandeses  Hans Janssen e seu filho Zacarias, fabricantes de óculos aperfeiçoaram lentes, capazes de aumentar até 30 vezes o tamanho real de uma imagem, criando então o primeiro microscópio.



25 cm de largura  por 6 cm de diâmetro. É formada por dois tubos de metal, cada uma suportando uma lente de 3 x 5 x, que deslizam dentro de um tubo de latão, permitindo o foco. É considerado o primeiro microscópio composto na história. 



     Posteriormente, o físico holandês Antonie van Leewenhoek, construiu um microscópio simples de apenas uma lente capaz de ampliar até 200 vezes, sendo o primeiro homem a observar micro-organismos e outras estruturas extremamente pequenas. 


Microscópio simples de Leewenhoek


     Robert Hooke, foi responsável por construir um microscópio ainda mais potente, aprimorando a tecnologia desenvolveu um aparelho composto por duas lentes, a ocular e a objetiva, que se ajustavam nas extremidades de um tubo de metal, assim novas pesquisas foram feitas. 


Microscópio de Rober Hooke


     Atualmente estes aparelhos são usados em laboratórios, na maioria ópticos que utilizam luz. Possuindo dois conjuntos de lentes de vidro ou cristal, e fornecem ampliações de 100 vezes podendo chegar até a 2000 vezes. 
     Usando esse instrumento, podemos ver células e até suas organelas, mas estas aparecem apenas como pontinhos muito pequenos. Aumentadas até 2000 vezes, as imagens das organelas ainda não são o suficiente para que tirem muitas conclusões. 
     No microscópio óptico a luz é projetada através do objeto em observação, atravessa as lentes da objetiva e chega até o olho do observador. Nele encontramos também um micrômetro e um macrômetro que serve para focalizar o objeto que se encontra na lâmina, e o charriot que realiza a varredura, podendo assim, visualizar diferentes campos da lâmina exposta.


Microscópio óptico usado atualmente


     Já o microscópio eletrônico permite um detalhamento maior da estrutura estudada, com ele é possível estudar a parte interna da célula, suas organelas e algumas proteínas ainda menores que as organelas celulares,  proporcionando um aumento de 5 mil a 1 milhão de vezes.
     Em vez de luz, há um feixe de elétrons que atravessa o material e produz a imagem. O material deve ser desidratado e recoberto por uma camada de metal muito fina. Os elétrons então se movimentam até a superfície do material que é captada por um sensor que interpreta e emite num sistema computadorizado.


Microscópio Eletrônico 


     Em um laboratório de microcopia diversas técnicas e materiais são necessários, desse modo foram feitas e  inovadas diversos métodos, para melhor utilização do aparelho, como: Corantes, fixadores, micrótomo, esfregaço, esmagamento. Essas técnicas dependem da finalidade laboratorial. Caso seja para fins educacionais as lâminas devem ser preservadas e mantidas, se para exames de saúde devem seguir técnicas de biossegurança. 


Por: Equipe Blog da Veterinária

Sobre o Blog

Olá pessoal, este Blog é ministrado pelas alunas do primeiro ano de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná - Unicentro. Com a finalidade de buscar acrescentar informações para auxiliar nas aulas de Embriologia e Histologia, sendo supervisionado pelo Professor Matheus F. Silveira responsável pela disciplina. Além de servir como fonte alternativa de pesquisas de outros estudantes da área, podendo assim, trocar conhecimento e experiências. 
                                                                                                    Att Blog da Veterinária