quarta-feira, 4 de abril de 2012

Citoplasma e suas organelas 2


Mitocôndria
          A mitocôndria é um dos orgânulos celulares mais importantes, sendo extremamente relevante para a respiração celular.  É abastecida pela célula que a hospeda por substâncias orgânicas como a glicose, as quais processam e convertem em energia sob a forma de ATP, que devolve para a célula hospedeira, sendo energia química que pode ser usada em reações bioquímicas. A mitocôndria está presente em grande quantidade nas células: do sistema nervoso (na extremidade dos axônios), do coração e do sistema muscular, uma vez que estas apresentam uma necessidade maior de energia.
       
           A sua função é vital para a célula, sem a qual há morte celular. O DNA mitocondrial não se tem modificado muito desde seu princípio, apesar do seu elevado índice de mutações (10 vezes maior que o DNA nuclear). O que acontece é que este DNA está apenas sujeito a modificações por mutação, dadas não haver maneira do mesmo sofrer recombinação como acontece quando o DNA do espermatozoide entra no núcleo do óvulo, dando-se a recombinação quando metade do DNA de cada parente se junta, formando o ovo, ou zigoto. Ora, como o que entra na célula sexual feminina vindo do pai é apenas, e só, o seu DNA nuclear, as mitocôndrias masculinas ficam de fora, logo não se dá recombinação do seu DNA. O resultado é só recebermos o DNA mitocondrial da mãe, levando a poucas modificações deste ao longo dos tempos. Os antropologistas aproveitam estas propriedades para examinar, através do DNA mitocondrial, as relações de parentesco entre os grandes grupos de seres vivos. Esta situação mostra-nos o elevado poder da recombinação genética, dado o DNA nuclear estar-se sempre a atrasar em relação ao mitocondrial que sofre mutações 10 vezes mais, ganha um enorme impulso de modificação na recombinação com outros DNAs.
Membrana exterior
          A membrana externa mitocondrial, o que envolve a organela toda, tem uma proporção de proteína e de fosfolípides semelhantes ao da membrana plasmática eucariótica (cerca de 1:1 em peso). Ela contém um grande número de proteínas integrais chamadas porinas. Estas porinas formam canais que permitem que as moléculas de 5000 Dalton ou menos em peso molecular livremente se difundam de um lado da membrana para o outro. Proteínas maiores podem entrar na mitocôndria se uma sequência de sinalização em seu N-terminal se ligue a uma grande multisubunidade de proteína chamada Translocase da membrana externa, que então ativamente as move através da membrana. A ruptura da membrana exterior permite que as proteínas no espaço intermembranar vazem para o citosol, conduzindo à morte celular certa.
Membrana interna
A membrana mitocondrial interna contém proteínas com cinco tipos de funções:
1.     Aquelas que realizam as reações redox de fosforilação oxidativa
2.     ATP sintase, que gera ATP na matriz.
3.     Transportes específicos de proteínas que regulam a passagem de metabólitos para dentro e para fora da matriz
4.     Maquinaria de importação de proteínas.
5.     Fusão de mitocôndrias e fissão de proteínas.
Ciclo de Krebs
          O ciclo de Krebs, ácido cítrico ou tricarboxílico, corresponde a uma série de reações químicas que ocorrem na vida da célula e no seu metabolismo. Descoberto por Sir Hans Adolf Krebs (1900-1981).
          O ciclo é executado na mitocôndria dos eucariontes e no citoplasma dos procariontes. Trata-se de uma parte do metabolismo dos organismos aeróbicos (utilizando oxigênio da respiração celular); organismos anaeróbicos utilizam outro mecanismo, como a glicólise = outro processo de fermentação independente do oxigênio.
          O ciclo de Krebs é uma rota anfibólica, catabólica e anabólica , com a finalidade de oxidar a acetil-CoA (acetila coenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2.
          Este ciclo inicia-se quando o piruvato que é sintetizado durante a glicólise é transformado em acetil CoA (coenzima A) por ação da enzima piruvato desidrogenase. Este composto vai reagir com o oxaloacetato que é um produto do ciclo anterior formando-se citrato. O citrato vai dar origem a um composto de cinco carbonos, o alfa-cetoglutarato, com libertação de NADH, e de CO2. O alfa-cetoglutarato vai dar origem a outros compostos de quatro carbonos com formação de GTP, FADH2, NADH e oxaloacetato. Após o ciclo de Krebs ocorre outro processo denominado fosforilação.
O ciclo de Krebs tem 8 etapas:
1.      Formação do citrato
2.      Formação do isocitrato via cis-aconitato
3.      Oxidação do isocitrato a a-cetoglurato e CO2
4.      Oxidação do a-cetoglurato a succinil-CoA e CO2
5.      Conversão do succinil-CoA em succinato
6.      Oxidação do succinato a fumarato
7.      Hidratação do fumarato produz malato
8.      Oxidação do malato a oxalato
          A cada volta do ciclo de Krebs são produzidos três moléculas de NADH, uma de FADH2, uma de nucleotídeos trifosfato (ATP ou GTP).

Oxidação de ácidos graxos
          É adicionada a coenzima A (coA) aos ácidos graxos de cadeia longa, e esses ácidos graxos, chamados CoA graxos, são identificados pelo complexo proteico carnitina e assim migram para dentro da mitocôndria. Na mitocôndria, os ácidos graxos unem-se com as enzimas metabólicas, gerando assim o complexo acetil-coA.
          O piruvato, então, une-se ao complexo acetil-coA, formando-se, assim, o ácido pirúvico, que é extremamente perigoso para a célula. A sua presença em grandes quantidades pode ser mutagénico, portanto, carcinogénico (ou seja, pode provocar cancro, hanseníase, e algumas doenças respiratórias). 
http://www.infoescola.com/biologia/mitocondrias-organelas-celulares/



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