quarta-feira, 4 de abril de 2012

Citoplasma e suas organelas 1


Citoplasma
          O citoplasma é a parte  a mais volumosa da célula, compreende todo espaço entre o núcleo e a membrana plasmática. Este espaço, em células eucarióticas, contém estruturas membranosas definidas, com funções essenciais para o funcionamento celular, denominadas organelas citoplasmáticas.
         Fora dos compartimentos membranosos existe um colóide chamado citosol ou hialoplasma, formado principalmente por agua e proteínas, e  contem o citoesqueleto, ribossomos e diversas moléculas que participam das numerosas atividades metabólicas. Compreende o verdadeiro meio interno da célula.
Os componentes citoplasmáticos são:
Ribossomos 
          0riginam-se nas células eucarióticas e procarióticas do núcleo, e podem ser encontrados espalhados no citoplasma, presos uns aos outros por uma fita de RNA formando polissomas (também chamados de polirribossomas), ou retículo endoplasmático (formando assim o retículo endoplasmático rugoso  ou granular). Já nas células procarióticas são encontradas livres no hialoplasma, onde tem sua origem. Neste tipo de célula, elas são criadas a partir de proteínas e RNA ribossômico  específicos, por um processo de autoconstrução, ou seja, os ribossomos procariontes, constroem-se sozinhos a partir de seus componentes.
          O ribossomo é formado principalmente (mais ou menos 60% da massa total) pelo flagelo ribossômico e cerca de 50 tipos diferentes de proteínas. Tem uma grande e uma pequena subunidade, sendo a grande formada de 49 proteínas + 3 Na (Sódio) e a pequena por 33 proteínas + 1 trA.
          As proteínas produzidas pelos polirribossomas geralmente permanecem dentro da célula para uso interno, já as enzimas que serão expelidas, são produzidas pelos ribossomos aderidos à parede do retículo endoplasmático. As enzimas são inseridas dentro dele, armazenadas em vesículas que são transportadas para o complexo de Golgi, onde são "empacotadas" e enviadas para fora da célula. São produzidos no complexo de Golgi.
          Na subunidade maior, existem duas regiões onde ocorre o contato direto com o RNAt: são chamadas Sítio A (Aminoacil) onde ocorre a chegada do RNAt e Sítio P (Peptidil) onde são formadas as ligações peptídicas pela junção entre os aminoácidos de ambos os sítios. A ação dos ribossomos na tradução se divide em: iniciação (AUG - códon de início), alongamento (fatores de alongamento) e finalização (códons de parada - Stop).
          O ribossomo é funcional apenas quando suas subunidades estão unidas. Após a construção de cada proteína, as subunidades se desprendem do RNAm e se separam.
 RNA ribossômico (RNAr)
          São os mais abundantes produzidos pela célula e, também passam para o citoplasma, depois de certo período de acúmulo no nucléolo, vão participar da construção dos ribossomos.
 RNA transportador (RNAt)
          Também conhecido como ARN transportador, é o RNA de menor peso molecular, e tem a função de conduzir os aminoácidos específicos para a formação da molécula proteica.
Esse RNA está envolvido no mecanismo de tradução do código genético, que se desenvolve da seguinte maneira:
  1. Os ribossomos deslizam sobre a molécula do RNAm como uma carretilha ao longo de um fio. A subunidade menor do ribossomo cobre, de cada vez, dois códons do RNAm. Dá-se o nome de códon a cada conjunto de 3nucleotídeos seguidos do RNAm;
  2. Cada RNAt possui um sítio especial, numa das suas extremidades, com um grupamento e 3 nucleotídeos (sempre CCA, ou seja, “citosina e  adenina”), por onde ele se combina com um determinado aminoácido. Mas o aminoácido que ele vai identificar e reter serão determinados pela sequência de nucleotídeos de outro terceto de bases que ele revela na sua outra extremidade, denominado anticódon. A partir daí, existem numerosas possibilidades de combinação. A análise combinatória desses nucleotídeos permite reconhecer 64 anticódons distintos. No entanto, como existem apenas cerca de 20 aminoácidos distintos na construção de proteínas comuns, pode-se, então, inferir que nem sempre há um único anticódon específico para cada aminoácido.
  3. Após de identificado o seu aminoácido, o RNAt  se liga a ele e passa a conduzi-lo em direção à molécula do RNAm. O mesmo anticódon que identificou o aminoácido vai procurar ao longo da cadeia do RNAm, um códon que combine perfeitamente com ele. Deste modo, o RNAt se aproxima, liga seu anticódon ao códon do RNAm, enquanto o aminoácido trazido por ele se combina com o aminoácido que lhe antecedeu nessa operação, através de uma ligação peptídica.


 RNA mensageiro 
          É o intermedia chave na expressão gênica atua na tradução do DNA em aminoácidos para "fazer" as proteínas de todos os seres vivos da terra. O RNA.É responsável pela transferência de informação do ADN até ao local de síntese de proteínas, na célula. Durante a transcrição, uma enzima, designada RNA-polimerase faz a cópia de um gene do DNA para o RNAm. Nos procariotas o RNAm não sofre, geralmente, qualquer processo de modificação - aliás, a síntese das proteínas chega a ocorrer enquanto a transcrição ainda está a acontecer.
          Nos eucariotas, por outro lado, a transcrição e a tradução ocorrem em locais distintos da célula: no núcleo e no citoplasma, pela ação conjunta do ribossomo e do RNA Transportador respectivamente. A síntese proteica (tradução) nos eucariotas, conta também com a ajuda do Retículo endoplasmático granular (REG), que tem como função levar a proteína produzida para o meio extracelular ou serem armazenadas no complexo de golgi para serem utilizadas mais tarde pela célula. Lembramos que a molécula do RNAm no espaço, se apresenta como uma fita simples. As bases púricas (purinas) e pirimídicas (pirimidinas) do RNA são: A (Adenina), C (Citosina), G (Guanina) e U (Uracila)
 

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