quarta-feira, 4 de abril de 2012

Citoplasma e suas organelas 3


Reticulo endoplasmático

          O reticulo endoplasmático constitui a parte mais extensa do sistema de membranas, formando uma complexa rede de canais e túbulos que se estende por toda a célula. O espaço interno do reticulo endoplasmático, delimitado pela membrana lipoproteica, é denominado lumem ou cisternas do reticulo endoplasmático.

O reticulo pode ser dividido em dois tipos distintos:

Reticulo endoplasmático rugoso: é composto por uma rede tridimensional de túbulos e cisternas interconectados, que vai desde a membrana nuclear até a membrana plasmática. É dividido em dois setores: RERugoso - com poliribossomas aderidos à face citosólica, e RELiso - que além de não possuir polirribossomas aderidos, apresenta diferente composição proteica e enzimática de sua membrana e conteúdo. 
          A presença de polirribossomas no RER possibilita sua função: síntese de proteínas. Por isto ele e tão desenvolvido em células com intensa síntese proteica, destinada à exportação ou a organelas com membrana. Além disso, o RER também participa de modificações pós-traducionais proteicas: sulfatação, pregueamento e glicosilação.

Reticulo endoplasmático liso: as células que possuem REL mais desenvolvido realizam intensa atividade de síntese de esteroides, colesterol e triglicérides, armazenam glicogênio ou possuem atividade de desintoxicação (ex.: hepatócito). As enzimas necessárias ao metabolismo de lipídios e açúcares estão associadas à membrana do REL ou em seu lume.    Além disso, o REL tem importante função no controle do Ca2+intracelular. Nas fibras musculares estriadas, onde a liberação de Ca2+ para o citossol é essencial para o mecanismo de contração das miofibrilas, mecanismos ativos de transporte associados à membrana do REL possibilitam a rápida movimentação do Ca2+ para fora e para dentro de suas cisternas.

 

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito17.php

 

 

 

Complexo de Golgi

             Em biologia celular, o complexo de Golgi  é uma organela encontrada em quase todas as células eucarióticas. O nome é uma homenagem ao italiano Camilo Golgi, que foi o seu descobridor. É formado por dobras de membranas e vesículas, e sua função primordial é o processamento de proteínas ribossômicas e a sua distribuição por entre essas vesículas. Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de distribuição na célula, atuando como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias.

         O complexo de Golgi é responsável também pela formação dos lisossomos, da lamela média dos vegetais e do acrossomo doo espermatozoide, do glicocálix e está ligado à síntese de polissacarídeos. Acredita-se, ainda, que a organela seja responsável por alguns processos pós-traducionais, tais como adicionar sinalizadores às proteínas, que as direcionam para os locais da célula onde atuarão.

          A maior parte das vesículas transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e em particular do retículo endoplasmático rugoso, são transportadas até ao complexo de Golgi, onde são modificadas, ordenadas e enviadas na direção dos seus destinos finais. A organela está presente na maior parte das células eucarióticas, mas tende a ser mais proeminente nas células de órgãos responsáveis pela secreção de certas substâncias, tais como o pâncreas, a hipófise e a tireoide.

          As células sintetizam um grande número de diferentes macromoléculas. O complexo de Golgi é parte integrante na modificação, classificação e empacotamento dessas macromoléculas para que possam ser devidamente secretadas, num processo conhecido como exocitose, ou então para que sejam usada dentro da célula. Ele modifica principalmente proteínas vindas do retículo endoplasmático rugoso, mas também está envolvido no transporte de lipídios pela célula e na formação de lisossomos. Dessa forma, o complexo de Golgi pode ser comparado a uma central de correios, na qual os "pacotes" são enviados a diferentes destinos no interior da célula.

          As enzimas dentro das cisternas são capazes de modificar as proteínas por adição           de hidratos de carbono (glicosilação) e fosfatos (fosforilação). Para realizar esta tarefa, o complexo de Golgi "importa" substâncias, tais como açúcares de nucleotídeos a partir do citosol. Estas modificações podem também formar um sequência de sinal que determina o destino final da proteína. Por exemplo, o aparelho de Golgi adiciona uma marcador de manose-6-fosfato para proteínas destinadas aos lisossomos.

          O complexo de Golgi desempenha ainda um importante papel na síntese de proteoglicanos, que são moléculas presentes na matriz extracelular dos animais. Também é o local principal da síntese de carboidratos. Isto inclui a produção de glicosaminoglicanos, polissacarídeos de cadeias longas não-ramificadas que a organela liga em seguida a uma proteína sintetizada no retículo endoplasmático para formar os proteoglicanos.


http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/teoria/celula-eucarionte.asp

Lisossomos

          Os lisossomos são vesículas de membrana lipoproteicas que contem em seu interior enzimas digestivas especificas, estas podem ser: fosfatases, proteases, lipases, RNAase, DNAase, etc. São organelas que ocorrem em praticamente todas células eucarióticas.

          As enzimas são sintetizadas no R.E. Rugoso e migram para o Complexo de Golgi, onde são empacotadas e liberadas na forma de pequenas bolsas.

          Os lisossomos são as organelas responsáveis pela digestão intracelular. Que pode ser por Heterofagia, digestão de substancias englobada pela célula; Autofagia, digestão de estruturas da própria célula e Autólise ou Citolise, quando a membrana lisossômica rompe-se, liberando o seu conteúdo enzimático no hialoplasma, levando a destruição da própria célula.

          A digestão intracelular nos unicelulares tem papel nutricional. Nos pluricelulares a digestão ocorre com funções de defesa (pelos leucócitos) e a de reciclagem de materiais das próprias células.

Ciclo lisossômico

            As enzimas dos lisossomos, como qualquer outra proteína, são produzidas pelos ribossomos no reticulo rugoso. Em seguida, são transferidas aos “sacos achatados’’ do complexo de Golgi, que  finalmente as “empacotas” em vesículas liberadas no hialoplasma celular. Essas vesículas são os lisossomos propriamente ditos, também chamados lisossomos primários. Quando a célula engloba alguma partícula externa, como alimento, por exemplo, forma-se um vacúolo alimentar ou fagossomo. Um lisossomo se funde então ao vacúolo alimentar. Dessa forma, as enzimas digestivas presentes no lisossomo ficam em contato com a partícula a ser digerida, sendo formado o vacúolo digestivo, ou lisossomo secundário. As moléculas de nutrientes provenientes da digestão podem sair do vácuo digestivo através de sua membrana e difundir-se no hialoplasma. No agora chamado vacúolo residual, sobram substancias não digeridas e restos de enzimas. Em alguns tipos de células, o vacúolo residual funde-se à membrana plasmática e despeja seu conteúdo para o ambiente externo, num processo que pode ser chamado de clasmocitose.

 

http://virginiabiologia.blogspot.com.br/

Peroxissomos

         Os peroxissomos são organelas encontradas em todas as células eucarióticas, possuem forma ovoide e é delimitado por uma membrana lipoproteica, nos rins e fígado ocorrem em grande numero. Possuem função principalmente de desintoxicação celular.

          Podem conter varias enzimas oxidativas, inclusive as enzimas responsáveis pela beta-oxidação dos ácidos graxos, além de conter a enzima catalase, que não é oxidativa.

          A catalise é responsável pela neutralização do peroxido de hidrogênio, H2O2 que é toxico à célula, dai o nome peroxissomo, transformando-o em agua e oxigênio:

 2 H2O2   ------>  2 H2O +O2      

          O peroxido de hidrogênio pode ser formado no próprio peroxissomo pelas reações oxidativas ou um outros locais, como em mitocôndrias que geram os superóxidos também chamados radicais livres.

          Nos rins e no fígado a catalase dos peroxissomos utilizam o peroxido de hidrogênio para neutralizar substancias toxicas como fenóis e etanol.

           Em células vegetais recebem nome de glioxissomos, por estarem envolvidos no ciclo do glioxilato, e participam do metabolismo dos triaciglicerois no processo de germinação das sementes.

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