Citoplasma e suas organelas 3
Reticulo
endoplasmático
O reticulo endoplasmático constitui a parte mais extensa do sistema de
membranas, formando uma complexa rede de canais e túbulos que se estende por
toda a célula. O espaço interno do reticulo endoplasmático, delimitado pela
membrana lipoproteica, é denominado lumem ou cisternas do reticulo endoplasmático.
O reticulo pode ser dividido em dois tipos
distintos:
Reticulo
endoplasmático rugoso: é composto por
uma rede tridimensional de túbulos e cisternas interconectados, que vai desde a
membrana nuclear até a membrana plasmática. É dividido em dois setores:
RERugoso - com poliribossomas aderidos à face citosólica, e RELiso - que além
de não possuir polirribossomas aderidos, apresenta diferente composição
proteica e enzimática de sua membrana e conteúdo.
A
presença de polirribossomas no RER possibilita sua função: síntese de
proteínas. Por isto ele e tão desenvolvido em células com intensa síntese
proteica, destinada à exportação ou a organelas com membrana. Além disso, o RER
também participa de modificações pós-traducionais proteicas: sulfatação,
pregueamento e glicosilação.
Reticulo
endoplasmático liso: as
células que possuem REL mais desenvolvido realizam intensa atividade de síntese
de esteroides, colesterol e triglicérides, armazenam glicogênio ou possuem
atividade de desintoxicação (ex.: hepatócito). As enzimas necessárias ao
metabolismo de lipídios e açúcares estão associadas à membrana do REL ou em seu
lume. Além disso, o REL tem importante
função no controle do Ca2+intracelular.
Nas fibras musculares estriadas, onde a liberação de Ca2+ para
o citossol é essencial para o mecanismo de contração das miofibrilas,
mecanismos ativos de transporte associados à membrana do REL possibilitam a
rápida movimentação do Ca2+ para fora e para dentro de suas
cisternas.

Complexo de Golgi
Em biologia celular, o complexo de Golgi é uma organela encontrada em quase todas as células eucarióticas. O nome é uma homenagem ao italiano Camilo Golgi, que foi o seu descobridor. É formado por
dobras de membranas e vesículas, e sua função primordial é o processamento de proteínas ribossômicas e a sua distribuição por entre essas
vesículas. Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de
distribuição na célula,
atuando como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de
substâncias.
O complexo de Golgi é responsável também pela formação dos lisossomos, da lamela média dos vegetais e do acrossomo doo espermatozoide, do glicocálix e está ligado à síntese de polissacarídeos. Acredita-se, ainda, que a organela seja
responsável por alguns processos pós-traducionais, tais como adicionar
sinalizadores às proteínas, que as direcionam para os locais da célula onde
atuarão.
A maior parte das vesículas transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e em particular do retículo endoplasmático
rugoso, são transportadas até ao complexo de Golgi, onde são modificadas,
ordenadas e enviadas na direção dos seus destinos finais. A organela está
presente na maior parte das células eucarióticas, mas tende a ser mais proeminente nas
células de órgãos responsáveis pela secreção de certas substâncias, tais como o pâncreas, a hipófise e a tireoide.
As células sintetizam um grande número de diferentes macromoléculas. O
complexo de Golgi é parte integrante na modificação, classificação e
empacotamento dessas macromoléculas para que possam ser devidamente secretadas,
num processo conhecido como exocitose, ou então para que sejam usada dentro da célula. Ele modifica
principalmente proteínas vindas do retículo
endoplasmático rugoso, mas também está envolvido no
transporte de lipídios pela célula e na formação de lisossomos. Dessa forma, o complexo de Golgi pode ser comparado a uma central de
correios, na qual os "pacotes" são enviados a diferentes destinos no
interior da célula.
As enzimas dentro das cisternas são capazes de modificar as proteínas
por adição de hidratos de carbono (glicosilação) e fosfatos (fosforilação). Para realizar esta tarefa, o complexo de
Golgi "importa" substâncias, tais como açúcares de nucleotídeos a partir do citosol. Estas modificações podem também formar um sequência de sinal que
determina o destino final da proteína. Por exemplo, o aparelho de Golgi
adiciona uma marcador de manose-6-fosfato para proteínas destinadas aos
lisossomos.
O complexo de Golgi desempenha ainda um importante papel na síntese de proteoglicanos, que são moléculas presentes na matriz extracelular dos animais. Também é o local principal da
síntese de carboidratos. Isto inclui a produção de glicosaminoglicanos, polissacarídeos de cadeias longas
não-ramificadas que a organela liga em seguida a uma proteína sintetizada no retículo endoplasmático para formar os proteoglicanos.

Lisossomos
Os lisossomos são vesículas de
membrana lipoproteicas que contem em seu interior enzimas digestivas
especificas, estas podem ser: fosfatases, proteases, lipases, RNAase, DNAase,
etc. São organelas que ocorrem em praticamente todas células eucarióticas.
As enzimas são sintetizadas no R.E.
Rugoso e migram para o Complexo de Golgi, onde são empacotadas e liberadas na
forma de pequenas bolsas.
Os lisossomos são as organelas
responsáveis pela digestão intracelular.
Que pode ser por Heterofagia,
digestão de substancias englobada pela célula; Autofagia, digestão de estruturas da própria célula e Autólise ou Citolise, quando a membrana lisossômica
rompe-se, liberando o seu conteúdo enzimático no hialoplasma, levando a
destruição da própria célula.
A digestão intracelular nos
unicelulares tem papel nutricional.
Nos pluricelulares a digestão ocorre com funções de defesa (pelos leucócitos) e
a de reciclagem de materiais das
próprias células.
Ciclo lisossômico
As enzimas dos lisossomos, como qualquer outra
proteína, são produzidas pelos ribossomos no reticulo rugoso. Em seguida, são
transferidas aos “sacos achatados’’ do complexo de Golgi, que finalmente as “empacotas” em vesículas
liberadas no hialoplasma celular. Essas vesículas são os lisossomos
propriamente ditos, também chamados lisossomos
primários. Quando a célula engloba alguma partícula externa, como alimento, por
exemplo, forma-se um vacúolo alimentar ou fagossomo.
Um lisossomo se funde então ao vacúolo alimentar. Dessa forma, as enzimas
digestivas presentes no lisossomo ficam em contato com a partícula a ser
digerida, sendo formado o vacúolo
digestivo, ou lisossomo secundário.
As moléculas de nutrientes provenientes da digestão podem sair do vácuo digestivo
através de sua membrana e difundir-se no hialoplasma. No agora chamado vacúolo residual, sobram substancias
não digeridas e restos de enzimas. Em alguns tipos de células, o vacúolo
residual funde-se à membrana plasmática e despeja seu conteúdo para o ambiente
externo, num processo que pode ser chamado de clasmocitose.
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Peroxissomos
Os peroxissomos são organelas encontradas em todas as células eucarióticas,
possuem forma ovoide e é delimitado por uma membrana lipoproteica, nos rins e
fígado ocorrem em grande numero. Possuem função principalmente de
desintoxicação celular.
Podem conter varias enzimas oxidativas, inclusive as enzimas responsáveis
pela beta-oxidação dos ácidos graxos, além de conter a enzima catalase, que não
é oxidativa.
A catalise é responsável pela neutralização do peroxido de hidrogênio, H2O2
que é toxico à célula, dai o nome peroxissomo, transformando-o em agua e oxigênio:
2 H2O2 ------> 2
H2O +O2
O peroxido de hidrogênio pode ser formado no próprio peroxissomo pelas
reações oxidativas ou um outros locais, como em mitocôndrias que geram os
superóxidos também chamados radicais livres.
Nos rins e no fígado a catalase dos peroxissomos utilizam o peroxido de
hidrogênio para neutralizar substancias toxicas como fenóis e etanol.
Em células vegetais recebem nome de glioxissomos, por estarem envolvidos
no ciclo do glioxilato, e participam do metabolismo dos triaciglicerois no
processo de germinação das sementes.

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